Conforme foi já noticiado pela APEVT, está em curso um movimento para pensar um novo currículo para a Escola do Séc. XXI.

Data já de Abril deste ano, a primeira “Conferência Currículo para o Século XXI: competências, conhecimentos e valores numa escolaridade de 12 anos”, onde se abriram as portas a um novo pensamento para as escolas Portuguesas numa tentativa de quebra com o passado. Ficou então patente a importância sobre o debate com os professores as grandes linhas e decisões que devem ser tomadas centralmente, nos domínios do desenvolvimento e da implementação do currículo, bem como o grau de decisão e autonomia que deve ser deixado aos docentes para adaptarem a implementação do currículo à sala de aula.

A partir desta conferência, com vários oradores/ intervenientes, foram criados grupos de trabalho numa visão plural sobre o currículo no sentido de estabelecer perfis de atuação para a escola e o alunos do Séc. XXI.

Neste momento, encontram-se em trabalho os:

• Grupos sobre Perfil do Aluno, liderado pelo Dr. Gulherme d´Oliveira Martins
• Grupo de trabalho sobre Cidadania
• Grupo de trabalho sobre Inclusão nas Escolas
• Grupo de trabalho sobre Competências Essênciais para o Currículo do Séc. XXI, com participação das Associações Profissionais das diferentes disciplinas

Também neste processo, foram já ouvidos os alunos na conferência “Currículo para o Século XXI – A Voz dos Alunos”, em Leiria, no passado mês de Novembro.

Em sequência, a APEVT esteve presente, no passado dia 30 de Novembro, no Centro de Caparide, para poder participar colaborativamente com a equipa da DGE e com o Sr. Secretário de Estado da Educação, Dr.João Costa, numa sessão de esclarecimento e partilha relativamente à tarefa que tem vindo a ser desenvolvida no âmbito do trabalho sobre as Competências Essências de cada uma das disciplinas do currículo nacional em vigor.

Podemos adiantar neste momento que a reunião foi bastante animadora em relação ao futuro currículo para os 12 anos de escolaridade, onde foi assegurado pelo Sr. Secretário de Estado que se pretende trabalhar; ouvindo e refletindo juntos num currículo aberto que se espera consensual, duradouro e eficaz num futuro muito próximo.

Desta forma, delinearam-se ideias gerais e transversais ao currículo, tendo como ideia central a sua flexibilização quanto:

• Ao perfil de saída do aluno ao fim dos 12 anos de escolaridade obrigatória
• À orientação e educação para a cidadania
• À orientação para uma escola verdadeiramente inclusiva de 2ª geração
• Ao perfil das aprendizagens essenciais por disciplina

Desta forma, a equipa da APEVT está, como sempre, a trabalhar numa resposta efetiva a este desafio lançado pelo Sr. Secretário de Estado às associações e aos professores, de forma a fortalecer a nossa influência na construção de um novo olhar sobre a escola e sobre o currículo essencial para os cidadãos do Séc. XXI, do qual queremos fazer parte.

Em breve poderemos informar de mais novidades sobre este assunto, possivelmente após a próxima reunião dia 21 de Dezembro em Lisboa.