AULAS em EVT | Recomendações aos professores e às escolas
Após meses de isolamento social, as escolas retomam as suas dinâmicas diárias e alunos e professores voltam a encontrar-se na sala de aula.
Face às omissões relativas à lecionação em aulas especificas na área artística e tecnológica algumas escolas colocaram as disciplinas práticas de EV e ET na sala residente de cada turma, com o argumento de insuficiência de funcionários para a desinfeção das salas especificas. Todos sabemos que são os nossos alunos que limpam os espaços de trabalho e bem! Por isso, não vemos razão para que os alunos não continuem a desempenhar essa tarefa educativa acrescida das normas de etiqueta de higienização e do distanciamento.
A APEVT, no atual contexto de pandemia por COVID-19, toma a iniciativa de fazer chegar às escolas e aos professores recomendações que assegurem a continuidade das aulas práticas nos espaços específicos e nas melhores condições de segurança.
Estas recomendações, na linha das orientações da DGS e da DGE pressupõem um regresso à nova normalidade e com mais segurança. Sabemos que hoje existem mais dados sobre formas de contaminação, que as escolas tão mais bem preparadas para a transição de regimes sempre que necessário, que existem mais recursos educativos e que o currículo fica centrado nas Aprendizagens Essenciais, para uma melhor gestão. Não podemos, pois, aceitar um ano que não proporcione aos alunos aprendizagens ativas em espaços adequados à área artística e tecnológica.
Por outo lado, a dimensão coletiva e a natureza prática desta área artística exige cuidados que vão além do uso da máscara e dos processos de higienização. Assim as escolas devem:
– Considerar o desdobramento de turmas em EV e ET ou na sua ausência os próprios professores devem organizar a aula em desdobramento de grupos turma ou entre espaços abertos e fechados;
– Reorganizar a sala de aula dispondo mesas em U ou proporcionando momento de trabalho no chão (com revestimento adequado), evitando a disposição que implique os alunos virados frente a frente;
– Ter sempre disponível um pano e desinfetante com álcool a 70% para mãos, instrumentos e equipamentos cada vez que são usados e nunca partilhar instrumentos;
– Recorrer ao espaço exterior da escola promovendo atividades de observação e trabalho por grupos ao ar livre;
– Incluir na planificação das atividades o recurso a plataformas, software e aplicações para uma comunicação assíncrona;
– Incluir nas planificações atividades de aprendizagem autónoma de modo a facilitar a gestão do grupo e a realização de atividades diferenciadas em pequenos grupos;
– Adaptar instrumentos de avaliação às práticas pedagógicas adotadas e considerar a avaliação formativa no centro dos processos de ensino e aprendizagem;
– As primeiras sessões/aulas no espaço específico da sala de EV e ET, são a oportunidade de se estabelecerem e clarificarem as regras e as rotinas específicas próprias das atividades artísticas e tecnológicas, que deverão acontecer ao longo do ano letivo, para a segurança de todos.
Ser responsável não é viver em alarmismo. somos os responsáveis por manter a serenidade dos alunos. Torná-los conscientes de regras, mas recordar-nos que eles precisam de uma escola que seja promotora de alegria e bem-estar.
“ Pese, embora, as recomendações não podemos perder de vista a garantia do bem-estar e direito de brincar das crianças. É também essencial considerar que as interações e as relações que as crianças estabelecem com os adultos e com as outras crianças são a base para a sua aprendizagem e desenvolvimento.” in Orientações da DGS.
Deixamos ainda, sugestões de recursos de apoio ao trabalho dos professores – presencial e à distância – disponíveis na nossa página e site:
https://apoioescolas.dge.mec.pt/
https://www.rtp.pt/estudoemcasa
https://www.pna.gov.pt/recursos-educativos/
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