PROJETOS E PARCERIAS

 

ESTE ANO LETIVO, a APEVT está envolvida em projetos que se desenvolvem numa vertente de intervenção educativa, isto é, que mobilizam  alunos, professores e escolas na procura de soluções para desafios artísticos e de intervenção social. O desenvolvimento destes projetos e concursos para além de envolverem milhares de alunos, proporcionam uma troca de experiências entre escolas do país e momentos formativos para alunos e professores, durante todo o ano letivo.

A parceria entre a APEVT, a TORRENCE Center Portugal  e  “Escolíadas”, desenvolve o projeto designado O projeto “Desafios de Ideias Criativas em Ação”,  tem como objetivo o desenvolvimento de processos criativos em contexto escolar que promovam o pensamento crítico e criativo, o conhecimento, a valorização pelas aprendizagens interdisciplinares e a troca de
experiências entre alunos, numa vasta diversidade de territórios educativos.
A partir de aprendizagens desencadeadas no âmbito de projetos de integração curricular em contexto STEAM – Ciência Tecnologia Engenharia Arte & Matemática, os alunos iniciam uma aventura criativa de procura de ideias e soluções originais. Os Desafios de Ideias Criativas em Ação vão proporcionar, através de trabalho colaborativo, uma experiência estimulante na criação de produtos que solicitem e desenvolvem Aprendizagens Essenciais e áreas de competência do Perfil dos Alunos. este projeto encontra-se na sua 2ª edição. tendo no final do ano letivo transato realizado  Encontro Nacional DICA , na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com a participação de 220 alunos e 30 professores.

 

A parceria entre a ADRA, a APEVT e a PAR desenvolve o  projeto designado “Expressões d’Arte & Desenvolvimento – Jovens Influencers Globais”, tendo em vista capacitar crianças e jovens para influenciar políticas públicas que contribuam para a construção de sociedades mais justas, solidárias, inclusivas, sustentáveis e pacíficas.
Expressões d’Arte & Desenvolvimento – Jovens Influencers Globais, mobiliza para 3 áreas distintas:
A1. No reforço da Educação Desenvolvimento e Cidadania Global no âmbito educativo – Formação professores on-line.
A2. Na procura de soluções criativas e inovadoras capazes de mobilizar a sociedade e valorizando competências no setor artístico – Concurso artístico alunos.
A3. No empoderamento de jovens que irão usar a sua voz transmitindo as suas preocupações e ser influenciadores de políticas. – Workshops ação reflexão para jovens influencers, com Exposição de trabalhos selecionados.
O concurso artístico sobre os desafios globais, insere-se no desenvolvimento da área 2 do projeto que visa a criação de postais ilustrados que, uma vez selecionados (30), serão base do trabalho a desenvolver na área 3 através de exposições itinerantes e workshops de produção das mensagens escritas nos postais ilustrados a enviar para os decisores políticos. Este projeto conta com a inscrição de cerca de 100 professores com duas a seis turmas e a sua cerimónia final será dia 18 de abril na Fundação Cidade de Lisboa.

 

A parceria entre a APEVT e a Faber Castell, designada “DESAFIOS d’ARTE”, tendo em vista desenvolver trabalhos de Artes Visuais, nas modalidades expressivas do Desenho e da Pintura, a partir da observação, interpretação e reflexão sobre as obras de arte de artistas nacionais e estrangeiros, tendo em conta os diferentes estilos e movimentos artísticos, assim como os meios materiais e seus efeitos expressivos. Com formato de Concurso deseja proporcionar uma experiência estimulante na criação de desenho e pinturas, que mobilizem as diferentes manifestações artísticas, técnicas e científicas e que desenvolvam as Aprendizagens Essenciais e áreas de competência do Perfil dos Alunos.
Um desafio “à maneira de …” é a opção por um estilo ou movimento artístico, desenvolvido por dois artistas (um nacional e um estrangeiro) e a utilização de matérias e técnicas por eles empregue. Este projeto conta com a inscrição de cerca de 470 professores, com duas a seis turmas e a sua cerimónia final será dia 22 de abril no Museu da Carris, em Lisboa.

 

A parceria entre a APEVT e as Rede Bibliotecas de Lisboa, designada “DO PONTO À OBRA D’ARTE”, tendo em vista desenvolver trabalhos de Artes Visuais, para as escolas do pré-escolar e 1º Ciclo, numa das quatro manifestações artísticas à escolha:Desenho, Pintura, Modelação ou Impressão

O trabalho desenvolve-se a partir da audição e interpretação de uma obra infantil:

– “O Ponto”, de Peter H. Reynolds[1] para o pré-escolar e o 1º e 2º anos;

– “O Museu”, de Peter H. Reynolds , Susan Verde [2] para o 3º e 4º anos.

Deseja-se proporcionar uma experiência estimulante na exploração de expressões plásticas, induzidas pelo tema decorrente da obra literária e que mobilizem as diferentes Aprendizagens Essenciais e áreas de competência do Perfil dos Alunos. este projeto conta com a inscrição de cerca de 90 professores e a cerimónia final no dia 23 de junho, na Biblioteca Municipal de Alcântara.

 

 

[1] https://www.bruaa.pt/loja/o-ponto/, https://www.youtube.com/watch?v=UCHJNgnviyo&ab_channel=estorias_ao_adormecer

[2] https://www.presenca.pt/products/o-museu , https://www.youtube.com/watch?v=s11SGujW6xM&ab_channel=umahist%C3%B3riapordia

A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

É hoje unanime para todos que a inclusão da Educação Artística nos currículos educativos é fundamental, uma vez que a arte introduz uma diferenciação qualitativa única que promove o acesso a uma visão singular da realidade e potencia o processo de complexificação das estruturas cognitivas. Ainda assim, a sua concretização e as suas múltiplas finalidades têm sido objeto de intenso debate. Este debate conduz a perguntas como:

– A educação artística destina-se a um núcleo restrito de alunos talentosos em disciplinas selecionadas ou é para todos?

– O ensino artístico deve acompanhar o percurso dos alunos nos doze anos de escolaridade ou não?

– A educação artística deve ser ensinada como disciplina virada para si própria ou virada para o conjunto de conhecimentos, capacidades e valores que pode transmitir ou ambas as coisas?

Apesar de persistirem estas e outras questões uma coisa é certa, todas as declarações políticas nacionais em matéria de educação realçam constantemente a importância da dimensão cultural e a necessidade de promover as aptidões artísticas e criativas dos jovens que nos escusamos aqui repetir.

Identificam-se duas abordagens de enquadramento da educação artística nos documentos de orientação nacionais e internacionais: uma área integrada das “artes” ou disciplinas artísticas separadas. As artes podem ser ensinadas como matérias de estudo individuais, através do ensino das várias disciplinas artísticas ou, como método de ensino aprendizagem em que as dimensões cultural e artística são incluídas em todas as disciplinas (dramatização ou música como método de ensino aprendizagem de línguas; as cores, formas e objetos originários das artes visuais para ensinar conhecimentos da física, biologia ou geografia, etc.). Esta duas abordagens podem ser aplicadas simultaneamente, não se excluindo mutuamente.

Entre os países europeus a concepção dos currículos artísticos varia muito: em cerca de metade, cada disciplina artística é tratada separadamente no currículo (por exemplo, música ou artes visuais) enquanto na outra metade, as disciplinas são tratadas em conjunto como uma área de conhecimento integrada. Porém, os mesmos estudos concluem que para que esta abordagem interdisciplinar produza efeito são necessárias mudanças nos métodos de ensino e na formação dos professores.

Sabemos que qualquer abordagem à educação artística deve ter como ponto de partida as culturas a que o educando pertence. No entanto, do ponto de vista pragmático é possível fazer uma sinalização das competências a incluir na área artística: comunicação, criatividade, processos artísticos, colaboração, pensamento critico, etc.. Sobre estas constantes, entre outros, deixamos aqui exemplos de alguns quadros didáticos.

 

 

 

Área Artística e Tecnológica – SOLUÇÕES CURRICULARES

 

  

São oito áreas de competências desenvolvidas no currículo da Nova Zelândia: Inglês, as artes, saúde e educação física, aprendizagem de línguas, matemática e estatística, ciência, ciências sociais e tecnologia. O aprendizado associada a cada área é parte de uma educação ampla, geral e estabelece uma base para a especialização mais tarde.

 

Artes – área de competências

Nas artes, os alunos exploram e comunicam ideias conectando pensamento, imaginação e sentidos para criar trabalhos. As artes têm suas próprias línguas distintas, (verbais e não-verbais), mediadas por processos e tecnologias selecionadas. Através do movimento, som e imagem, as artes transformam ideias criativas das pessoas em obras expressivas que comunicam significados.

A Educação Artística, comemora expressões artísticas únicas. Aprendizagem em, através e sobre as artes estimula a ação criativa e resposta por envolver e conectar pensamento, imaginação, sentidos e sentimentos, Nas artes, os alunos aprendem a trabalhar tanto de forma independente e em colaboração para construir significados, produzir obras e responder aos e contribuições de valor dos outros. Aprendem a usar a imaginação para se envolver com resultados inesperados e explorar várias soluções. Através do uso de pensamento e ação criativa e intuitiva, os alunos nas artes são capazes de ver o seu mundo a partir de novas perspetivas. Através do desenvolvimento de literacia em artes, os estudantes, como criadores, apresentadores, telespectadores e ouvintes, são capazes de participar, interpretar, valorizar e apreciar as artes ao longo das suas vidas.

Arte – área curricular do 1º/8º, 9º/10º e 11º/13º ano

A área de aprendizagem das artes compreende quatro disciplinas: dança, teatro, música – artes de som e artes visuais.

Dentro de cada disciplina, os alunos desenvolvem habilidades, conhecimentos, atitudes em cada um dos oito níveis do currículo. Através de práticas de artes e o uso de tecnologias os alunos geram ideias artísticas por ciclos de ação e reflexão.

Cada disciplina está estruturada em torno de quatro vertentes interligadas: compreender as Artes em contexto; desenvolver o conhecimento prático nas artes; desenvolver ideias nas artes, e interpretar e comunicar da nas artes.

O objetivo de realização para cada disciplina com o seu corpo distinto de conhecimentos desenvolve-se em espiral, em profundidade e significativamente:

Ao longo de anos de 1- 8, os alunos irão aprender em todas as quatro disciplinas.

Ao longo do ano 9 -10, cada aluno irá aprender em, pelo menos, duas.

Os alunos nos anos 11 -13 podem se especializar em uma ou mais das disciplinas ou desenvolver estudar em multimédia e outras novas tecnologias.

 

 

Tecnologia – área de competências

Em tecnologia, os alunos aprendem a ser desenvolvedores inovadores de produtos e sistemas e consumidores exigentes que vão fazer a diferença no mundo. Tecnologia é a intervenção do projeto: o uso de recursos práticos e intelectuais para desenvolver produtos e sistemas (resultados tecnológicos) que ampliam as possibilidades humanas, abordando as necessidades e percebendo oportunidades. Adaptação e inovação estão no coração da prática tecnológica.

Tecnologia nunca é estática. É influenciada pelos e nos impactos ligados a condições culturais, éticos, ambientais, políticos e económicos do dia a dia.  O objetivo é que os alunos a desenvolvam num amplo conhecimento tecnológico que irá equipá-los a participar na sociedade como cidadãos informados e dar-lhes acesso a carreiras tecnológicas. Aprendem habilidades práticas que desenvolvem modelos, produtos e sistemas, assim como aprendem sobre a tecnologia como um campo de atividade humana, experimentando e / ou explorando exemplos históricos e contemporâneos da tecnologia a partir de uma variedade de contextos.

A tecnologia faz uso empreendedor do seu próprio conhecimento e habilidades particulares, juntamente com os de outras disciplinas. Gráficos e outras formas de representação visual oferecem ferramentas importantes para a exploração e comunicação, também está associada com a transformação de energia, da informação, e materiais. áreas tecnológicas incluem estrutura, controle, tecnologia da informação e comunicação e biotecnologia. Os contextos de aprendizagem podem ser tão variados como software de jogos de computador, produtos alimentícios, criação de minhocas, sistemas de segurança, figurinos e adereços, sinalização, etc.

Tecnologia – área curricular do 1º/8º, 9º/10º e 11º/13º ano

O programa de ensino e aprendizagem de Tecnologia irá integrar três vertentes: a prática tecnológica, conhecimento tecnológico e natureza da tecnologia., embora uma determinada unidade de trabalho / projeto se possa concentrar em apenas um ou dois, ao longo de anos de 1-8, os alunos irão aprender em todas as vertentes.

Os alunos devem ser encorajados a solicitar conhecimentos e habilidades relevantes de outras áreas de aprendizagem. Na vertente prática tecnológica desenvolvem uma série de resultados, incluindo conceitos, planos, resumos, modelos tecnológicos, e produtos ou sistemas totalmente realizados.

Os estudantes investigam questões e os resultados existentes e utilizar os entendimentos obtidos, juntamente com princípios e abordagens de design, para informar a sua própria prática. Eles também aprendem a considerar a ética, requisitos legais, protocolos, códigos de prática e as necessidades dos e impactos potenciais sobre as partes interessadas e o meio ambiente.

Através da vertente conhecimento tecnológico, os alunos desenvolvem conhecimento específico para as empresas tecnológicas e ambientes e entendimentos de como e por que as coisas funcionam. Os alunos aprendem como a modelagem funcional é utilizado para avaliar ideias de design e como prototipagem é utilizada para avaliar a aptidão para fins de sistemas e produtos que são desenvolvidos. Uma compreensão das propriedades dos materiais, usa e desenvolvimento é essencial para compreender como e por que os produtos funcionam da maneira que eles fazem.

Da mesma forma, um entendimento das partes constituintes de sistemas e como estes trabalham em conjunto é essencial para compreender como e por que os sistemas operam da maneira que eles fazem. Através da natureza da tecnologia vertente, os alunos desenvolver uma compreensão da tecnologia como uma disciplina e de como ele difere de outras disciplinas. Eles aprendem a criticar o impacto da tecnologia sobre as sociedades e o ambiente e para explorar como a evolução e os resultados são avaliados por diferentes povos em diferentes épocas. Ao fazê-lo, eles apreciam a natureza socialmente incorporado da tecnologia e tornam-se cada vez mais capazes de se envolverem com as questões atuais e históricos e explorar cenários futuros.

Nos anos 11-13, os alunos trabalham com menos contextos em maior profundidade. Isto obriga-os a integrar aprendizagens de outras disciplinas. Por exemplo, os estudantes que trabalham com materiais e / ou tecnologia de alimentos vão precisar da química, e estudantes que trabalham em um projeto arquitetónico vão descobrir que uma compreensão da história da arte é inestimável. Algumas escolas podem oferecer cursos como eletrónica e horticultura como especializações tecnológicas.

Aprendizagem para os alunos seniores abre caminhos que podem levar a carreiras relacionadas com a tecnologia. Os estudantes podem acessar as oportunidades de aprendizagem no local de trabalho disponíveis em uma gama de indústrias ou passar para o estudo superior ainda mais especializada.

Saber mais  Continuar a ler “Área Artística e Tecnológica – SOLUÇÕES CURRICULARES”

NOVAS AÇÕES DE FORMAÇÃO ON-LINE

Embora com o Plano de Formação para o ano 2022/2023 em implementação, a vasta procura de ações de formação especificas da área artística e tecnológica em modalidade remota, exigiu a reposição destas ações. Esperamos assim corresponder às necessidades formativas dos professores que nos solicitam e procuram formação de qualidade.

NOVAS AÇÕES ON-LINE 2023

AÇÕES FORMAÇÃO

25H

 

Conteúdo

 

 

Datas/Horários

 

 

Formador

 

 

1.   “ILUSTRAÇÃO DIGITAL: as tecnologias de informação e comunicação (TIC) e as artes visuais

 

Registo: CCPFC/ACC  -113345/21

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação – E-learning,

Destinado a: Professores dos Grupos 240,530 e 600

Estado: C/ Despacho – Acreditado,

Válida até: 22-11-2024

 

 

– Definição e funções da ilustração, enquanto arte, serviço e componente.

– A transição de técnicas tradicionais para técnicas digitais nos diferentes géneros de ilustração; ilustração editorial, publicitária, animação, científica, Ilustração para crianças, banda desenhada, caricatura, retrato, o livro de artista, mista, conceptual art.

– Imagem digital; manipulação e edição de imagem; importação e manipulação de imagens digitalizadas.

– Experiências de aprendizagem; exploração de softwares educativos freeware e shareware e suas aplicações em contexto educativo.

– Exploração de softwares educativos (Adobe Photoshop).

 

 

25 de FEV

04 e 18 de MAR e

22 de ABR

 

Sábado, 09:30/12:30hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 12 horas (4 sessões de 3H)

Nº de horas online assíncrono: 13 horas

 

 

 

 

Sónia Guedes

 

 

2.  “ANIMAÇÃO DE IMAGENS como forma de comunicação”

 

Registo: CCPFC/ACC-113607/21,

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação – E-learning,

Destinado a: Professores dos Grupos 240,530 e 600.

Estado: C/ Despacho – Acreditado

Válida até: 20-12-2024

 

 

– Introdução aos princípios básicos da imagem em movimento.

– As técnicas de cinema de animação, os softwares e restantes materiais necessários.

– As técnicas: rotoscopia, pixilação, animação com areia, recortes, plasticina.

– Programas de captura e de edição áudio e vídeo; tipos de ficheiros; problemas e soluções;

– Realização de um filme de animação, com utilização de softwares gratuitos.

– Realização de storyboards e montagem do vídeo

 

 

01, 08, 22 de MAR e 05 de ABR

 

Quarta-feira, 18:30/21:30hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 12 horas (4 sessões de 3H)

Nº de horas online assíncrono: 13 horas

 

João Católico

 

   3. “O LIVRO como recurso didático” 

 

Registo: CCPFC/ACC –117242/22,

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação – E-learning,

Destinado a: Professores dos Grupos 240, 530 e 600

Estado: C/ Despacho – Acreditado

Válida até: 19-09-2025

 

– A construção de um livro em contexto escolar.

– Perspetiva histórica. O livro de artista. Anatomia de um livro.

– Análise das várias tipologias de livros: pop-up, álbum ilustrado, livro sem palavras/livro-imagem, perfurados, com abas, etc.

– A importância da narrativa: ficção, não ficção, poesia, fábula, informativos, foto livro, entre outros.

– A ilustração, estilos e a relação entre o texto e a imagem.

– Métodos de reprodução, impressão e encadernação

 

11 de FEV,  25 de MAR e 6 de MAI

 

Sábado 9:00/13:00hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 12 horas (3 sessões de 4H)

Nº de horas online assíncrono: 13 horas

 

 

Marco Taylor

 

 

 

4. “O DIÁRIO GRÁFICO:   ferramenta pedagógica para o desenvolvimento da expressão gráfico-plástica”

 

Registo: CCPFC/ACC –

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação – E-learning,

Destinado a: Professores dos Grupos 240, 530 e 600

Estado: em acreditação

Válida até:

 

 

Abordagem a diferentes autores

– Urban Sketchers

– Materiais necessários

– Conteúdos programáticos – Aprendizagens Essenciais;

– Construção de diário gráfico indutores de diferente abordagem didática;

– Personalização do diário gráfico;

– Visitas de estudo / trabalho de campo (desenho no exterior)

– Experimentação de técnicas e materiais de expressão:

 

19, 26 de ABR e 03, 24 de MAI

Quarta-feira,  18:30/21:30hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 13 horas (4 sessões de 3H)

Nº de horas online assíncrono: 12 horas

 

 

Carla Cardoso

 

 

5.   “O LIVRO DO ARTISTA: da conceção à realização”

 

Registo: CCPFC/ACC –  118862/22

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação – E-learning,

Destinado a: Professores dos Grupos 240, 530 e 600

Estado:  C/ Despacho – Acreditado

Válida até: 05-12-2025

 

 

 

 

– Introdução aos princípios básicos sobre o livro de artista em contexto escolar

– Ilustração: símbolos e narrativas, relação imagem-texto; storyboard

–  As diversas técnicas à concretização do livro de artista (encadernação e design gráfico).

– Livro de Artista: tipologia, formato e anatomia do livro.

 

 

01, 08, 15 de MAR e

22 de MAR 19 de ABR

 

Quarta-feira, 18:00/20:00hrs e

Quarta-feira, 18:00/21:00hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 12 horas (5 sessões de 3H)

Nº de horas online assíncrono: 13 horas

 

 

Manuela Bigote

 

6. “EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA: as estratégias de aprendizagem  ativa nas salas de aula com recurso às TIC”

 

Registo: CCPFC/ACC- 117202/22,

Nº de horas acreditadas: 25,

Modalidade: Curso de Formação,

Destinado a: Professores dos grupos 240 e 530

Estado: C/ Despacho – Acreditado

Válida até: 19-01-2024

 

 

 

Formação visa contribuir para a integração do digital nas práticas profissionais e pedagógicas, nas rotinas das escolas, de acordo com uma estratégia global de desenvolvimento digital.

– Potencialidades das TIC no processo de ensino aprendizagem em ET ;

–  Estratégias de exploração das TIC numa perspetiva de gestão de sala de aula;

–  Produção de recursos digitais para o ensino e aprendizagem em ET.

 

 

16, 23  de FEV e  02, 16 de MAR

Quinta-feira 18:30/21:30hrs

Distribuição de horas

Nº de horas presenciais conjuntas: 0

Nº de horas online síncrono: 12 horas (4 sessões de 3H)

Nº de horas online assíncrono: 13 horas

 

 

Paula Barroca

 

 

 

 

© APEVT Setembro, 2022

 

“… do ponto à obra d’arte”

Concurso para crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo

“DO PONTO À OBRA D’ARTE”

Uma parceria APEVT / Faber Castell / Biblioteca de Alcântara / BE-CRE da Escola Francisco de Arruda

                                                           

 

   INSCRIÇÕES

APEVT promove, no ano letivo 2022/2023, uma iniciativa para as escolas do pré-escolar e 1º Ciclo designada “DO PONTO À OBRA D’ARTE”, tendo em vista desenvolver trabalhos de Artes Visuais, numa das quatro manifestações artísticas à escolha: Desenho, Pintura, Modelação ou Impressão.

O trabalho desenvolve-se a partir da audição e interpretação de uma obra infantil: “O Ponto”, de Peter H. Reynolds para o pré-escolar e o 1º e 2º anos e o “O Museu”, de Peter H. Reynolds , Susan Verde para o 3º e 4º anos.

Deseja-se proporcionar uma experiência estimulante na exploração de expressões plásticas, induzidas pelo tema decorrente da obra literária e que mobilizem as diferentes Aprendizagens Essenciais e áreas de competência do Perfil dos Alunos.

… ler mais    REGULAMENTO

 

NEWSLETTER

O Newsletter de setembro, embora bastante dedicado ao Encontro Nacional, reflete o envolvimento organizacional da APEVT nos diversos projetos e concursos que  lançou para este ano letivo e a oferta formativa aos professores (Plano de Formação).
Com a realização do trigésimo sétimo Encontro Nacional de Professores a realizar em 19 e 20 de novembro de 2022, para os grupos de docência 110, 240, 530, 600 e 910, com o tema geral integrador “A Educação Artística e Tecnológica no sistema de ensino português: conquistas e desafios” pretende analisar e perspetivar o futuro, divulgar práticas profissionais de projetos com alunos e proporcionar momentos de confraternização, acrescida da eleição dos órgãos sociais da associação para o triénio 2022/2025.

  • NEWSLETTER setembro 2022
  • ÍNDICE
  • ENCONTRO NACIONAL APEVT
  • CENTRO FORMAÇÃO APEVT:
  • PROJETO DICA
    PROJETO DESAFIOS D’ARTE
    PROJETO EXPRESSÃO D’ARTE & DESENVOLVIMENTO
    JOVENS INFLUENCERS GLOBAIS
  • LIVRO RECOMENDADO

 

O PROJETO “Expressões d’Arte & Desenvolvimento – Jovens Influencers Globais”

Sobre o projeto
A ADRA em parceria com a APEVT e a Par promove, no ano letivo 2022/2023, um projeto designado “Expressões d’Arte &
Desenvolvimento – Jovens Influencers Globais”, tendo em vista capacitar crianças e jovens para influenciar políticas públicas
que contribuam para a construção de sociedades mais justas, solidárias, inclusivas, sustentáveis e pacíficas.
O projeto procura responder aos seguintes Objetivos:
–  Sensibilizar, consciencializar e mobilizar a sociedade para os desafios globais através de expressões d’arte;
–  Promover práticas de influência política junto de jovens, que os capacite a serem agentes ativos no processo de tomada de
decisão política, influenciando políticas, na prossecução de um mundo mais justo, solidário e sustentável, no contexto local e global;
– Capacitar e mobilizar jovens para a discussão dos desafios globais enquanto agentes de influência junto de decisores políticos de forma criativa.
O projeto realiza-se a partir de setembro de 2022 e termina em julho de 2023 e organiza-se em três MOMENTOS:
1ºM. Workshops artísticos e temáticos (setembro de 2022 a janeiro de 2023)
Oferta de WORKSHOP para professores envolvidos no concurso, em modalidades de ação de formação de curta duração, Online, certificadas pelo Centro Formação APEVT para efeitos de progressão na carreira docente.
2ºM. Concurso artístico / criação de postais (novembro de 2022 a março de 2023)
Organização CERIMÓNIA presencial de premiação final dos trabalhos em data e local a designar. Cabe à Comissão Organizadora estabelecer e divulgar os prémios.
3ºM. Workshop para envio de postais / exposições temáticas (abril a julho de 2023)
Programação CIRCUITO de exposições itinerantes dos trabalhos premiados e a dinamização de workshops de reflexão ação, sobre as temáticas do projeto e que se irão traduzir em mensagens escritas dos postais ilustrados, a realizar por quatro regiões do país ( Porto, Lisboa, Funchal, Ponta Delgada ) e escolas que o solicitem.

(obtenha toda a informação clicando em …) Concurso Artístico de Criação de Postais

Para quem: alunos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico / jovens entre os 10 e 15 anos

Sobre o quê: Agenda 2030 – Transformar o Nosso Mundo

GRUPOS TEMÁTICOS

Qualidade de Vida

ODS 1 – Erradicação da Pobreza

ODS 2 – Erradicação da Fome

ODS 3 – Saúde de Qualidade

ODS 6 – Água e Saneamento

Desenvolvimento Sustentável

ODS 7 – Energias Renováveis e Acessíveis

ODS 8 – Trabalho Digno e Crescimento Económico

ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestruturas

ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis

Sociedade Justa

ODS 4 – Educação de Qualidade

ODS 5 – Igualdade de Género

ODS 10 – Reduzir as Desigualdades

Nosso Planeta

ODS 13 – Ação Climática

ODS 14 – Proteger a Vida Marinha

ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre

Mundo Justo

ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes

ODS 17 – Parcerias para a Implementação dos Objetivos

PLANO FORMAÇÃO 2022/2023

 

Iniciamos o Plano de Atividades de Formação Contínua de Professores do Centro de Formação APEVT  para o ano 2022-2023 com vinte e quatro (24) ações, seis (6) Online e dezoito (18) presenciais, das quais oito (8) realizadas pelas Delegações Regionais da APEVT da Madeira e dos Açores. Prevemos durante a execução do plano oferecer outras ações, atendendo às necessidades e novas oportunidades formativas.

Já se pode inscrever neste mesmo site (clicando nas formações enumeradas na coluna do lado direito da pagina inicial).

Consulte o Plano em: PLANO FORMAÇÃO

 

 

ENCONTRO NACIONAL – Inscrição, programa, todas as informações …

37º Encontro Nacional APEVT   

  “A Educação Artística e Tecnológica no sistema de ensino português: conquistas e desafios.”  

Temas Estruturantes:
– Como lidar com um currículo nacional baseado em competências e experiências educativas;

– Podem as metodologias ser determinantes para melhorar as aprendizagens dos alunos;
– Que conceções de formação inicial e contínua podem favorecer práticas pedagógicas mais eficientes;

– Que área Artística e Tecnológica, disciplinas e componentes curriculares na escolaridade obrigatória.

Data e local de realização:

Porto, 19 e 20 novembro 2022 – Escola Secundária Garcia de Orta

R. Pinho Leal 220 S 4150-620 Porto


       

          

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Programa do Encontro



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Inscrições

Associados –  15€
Não Associados – 30€
Estudantes das variantes e nos mestrados em EVT e AV – gratuito
A inscrição inclui para cada participante:
– kit de materiais de desenho e pintura Faber Castell;
– Vaucher da olmar;
– Coffee Break;
– Porto de Honra;
– Oferta “37º Encontro nacional APEVT”;
– Certificado de presença.

Informações

Programa social – JANTAR confraternização na  Fundação Dr. António Cupertino De Miranda
15 euros por pessoa (A APEVT financia por pessoa 50% do valor real do jantar de 30 euros)
Programa social: ORQUESTRA Criativa de Santa maria da Feira

O ENSINO DA ARTE NA PERCEÇÃO DO MUNDO

O impacto do ensino da arte (ou da falta dele) na percepção do mundo

Mais recente obra da escritora norte-americana Camille Paglia alerta para a degradação da arte contemporânea e o impacto social dessa degeneração na visão sobre o mundo. O artigo refere aspetos fundamentais da obra da autora e que se enquadram  no novo projeto designado “DESAFIOS d’ARTE”, que  a APEVT e a  Faber Castell vão promover no ano letivo 2022/2023, para as escolas do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico,  tendo em vista desenvolver trabalhos de Artes Visuais, nas modalidades expressivas do Desenho e da Pintura, a partir da observação, interpretação e reflexão sobre as obras de arte de artistas.


“A arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e autorreferencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível.” – Camille Paglia, Imagens cintilantes

A escritora norte-americana Camille Paglia é conhecida por desafiar as ideias em voga nos mais diversos campos. Professora de Humanidades e Estudos Midiáticos da University of the Arts da Filadélfia, é autora de obras que misturam cultura pop, história da arte, sexualidade e os diferentes meios que tornam o homem um espectador: seja na frente da televisão, de um Pollock ou de sua própria vida.

Em sua mais recente obra, Imagens cintilantes – uma viagem através da arte desde o Egito a ‘Star Wars’ (Apicuri, 2014), Camille retorna ao local que a consagrou, a crítica à arte contemporânea. No livro, a autora analisa 29 obras que considera fundamentais na história da arte e afirma, com certa decepção, que os jovens deixaram ofícios como a pintura e a escultura para emprestar sua lealdade à tecnologia e ao design industrial.

Paglia resumiu o panorama que motivou a criação de Imagens cintilantes:

“O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico, que estão perdendo a linguagem do corpo.”

De acordo com ela, esta degeneração gradativa da percepção/expressão tem um grande inimigo: o mercado – das galerias às instituições de ensino. Segundo a norte-americana, este mercado não é apenas um objeto a ser combatido, mas sim um profundo problema de visão sobre a vida, que parte, também, do espectador. Ensinado a enxergar o mundo apenas de forma política e ideológica, o homem contemporâneo teria perdido a esfera do sensível, do invisível, do metafísico. Este contexto de constante estímulo atinge a sociedade como um todo, como Camille argumenta logo na introdução da obra:

“A vida moderna é um mar de imagens. Nossos olhos são inundados por figuras reluzentes e blocos de texto explodindo sobre nós por todos os lados. O cérebro, superestimulado, deve se adaptar rapidamente para conseguir processar esse rodopiante bombardeio de dados desconexos. A cultura no mundo desenvolvido é hoje definida, em ampla medida, pela onipresente mídia de massa e pelos aparelhos eletrônicos servilmente monitorados por seus proprietários. A intensa expansão da comunicação global instantânea pode ter concedido espaço a um grande número de vozes individuais, mas, paradoxalmente, esta mesma individualidade se vê na ameaça de sucumbir.

Como sobreviver nesta era da vertigem? Precisamos reaprender a ver. Em meio à tamanha e neurótica poluição visual, é essencial encontrar o foco, a base da estabilidade, da identidade e da direção na vida. As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte.”

Ainda em seu texto introdutório, Camille critica as instituições de ensino por falharem completamente no ensino da visão que nos tiraria desta vertigem. Se precisamos reaprender a ver, as faculdades de arte, para ela, poderiam ser consideradas mais um empecilho do que uma parceira nesta tarefa. Leia, abaixo, o que ela tem dizer sobre isso a partir de excerto do livro Imagens cintilantes:

“É de uma obviedade alarmante que as escolas públicas norte-americanas têm feito um mau serviço na educação artística dos estudantes. Da pré-escola em diante, a arte é tratada como uma prática terapêutica – projetos com cartolina do tipo “faça você mesmo” e pinturas com os dedos para liberar a criatividade oculta das crianças. Mas o que de fato faz falta é um quadro histórico de conhecimentos objetivos acerca da arte. As esporádicas excursões ao museu, mesmo que haja um por perto, são inadequadas. Os cursos de história da arte deveriam ser integrados ao currículo do ensino primário, fundamental e médio – uma introdução básica à grande arte e a seus estilos e símbolos. O movimento multiculturalista que se seguiu à década de 1960 ofereceu uma tremenda oportunidade para expandir o nosso conhecimento do mundo da arte, mas suas abordagens têm com demasiada frequência sacrificado a erudição e a cronologia em favor de um partidarismo sentimental e de queixumes rotineiros.

Era de se esperar que as faculdades que oferecem cursos de artes liberais dessem ênfase à educação artística, mas não é esse o caso. O atual currículo, de estilo self-service, torna os cursos de história da arte disponíveis, mas não obrigatórios. Com raras exceções, as universidades abandonaram toda noção de um núcleo de aprendizado. Os departamentos de humanidades oferecem uma mixórdia de cursos feitos sob medida para os interesses de pesquisa dos professores. Tem havido um gradual eclipse, nos Estados Unidos, do curso de história geral da arte, que cobria magistralmente, em dois semestres, da arte das cavernas ao modernismo. Apesar de sua popularidade entre os estudantes, que se recordam deles como pontos culminantes em suas vivências universitárias, os cursos gerais são cada vez mais vistos como excessivamente pesados, superficiais ou eurocêntricos – e não há mais vontade institucional de estendê-los para a arte mundial.

Jovens professores, criados em meio ao pós-estruturalismo, com sua suspeita mecânica da cultura, consideram-se especialistas, e não generalistas, e não foram treinados para pensar sobre trajetórias tão vastas. O resultado final é que muitos alunos de humanidades se formam com pouco senso da cronologia ou da deslumbrante procissão de estilos que constituía a arte ocidental.

A questão mais importante acerca da arte é: o que permanece e por quê?

As definições de beleza e os padrões de gosto mudam constantemente, mas padrões persistentes subsistem. Defendo uma visão cíclica da cultura: os estilos crescem, chegam ao ápice e decaem para tornarem a florescer, num renascer periódico. A linha de influência artística pode ser vista claramente na cultura ocidental, com várias interrupções e recuperações, desde o Egito antigo até hoje – uma saga de 5 mil anos que não é (como diria o jargão acadêmico) uma “narrativa” arbitrária e imperialista. Grande número de objetos teimosamente concretos – não apenas “textos” vacilantes e subjetivos – sobrevivem desde a antiguidade e as sociedades que moldaram.

A civilização é definida pelo direito e pela arte. As leis governam o nosso comportamento exterior, ao passo que a arte exprime nossa alma. Às vezes, a arte glorifica o direito, como no Egito; às vezes, desafia a lei, como no Romantismo.

O problema com abordagens marxistas que hoje permeiam o mundo acadêmico (via pós-estruturalismo e Escola de Frankfurt) é que o marxismo nada enxerga além da sociedade. O marxismo carece de metafísica – isto é, de uma investigação da relação do homem com o universo, inclusive a natureza. O marxismo também carece de psicologia: crê que os seres humanos são motivados apenas por necessidades e desejos materiais. O marxismo não consegue dar conta das infinitas refrações da consciência, das aspirações e das conquistas humanas.

Por não perceber a dimensão espiritual da vida, ele reduz reflexivamente a arte à ideologia, como se o objeto artístico não tivesse outro propósito ou significado além do econômico ou do político.

Hoje, ensinam aos estudantes a olhar a arte com ceticismo, por seus equívocos, suas parcialidades, suas omissões e ocultos jogos de poder. Admirar e honrar a arte, exceto quando transmite mensagens politicamente corretas, é considerado ingênuo e reacionário. Um único erudito marxista, Arnold Hauser, em seu épico estudo de 1951, A história social da arte, teve bom êxito na aplicação da análise marxista, sem perder a magia e o mistério da arte. E Hauser (uma das influências iniciais do meu trabalho) trabalhava com base na grande tradição da filologia alemã, animada por uma ética erudita que hoje se perdeu.

A arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e autorreferencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível.

O pós-estruturalismo, com suas origens linguísticas francesas, tem a obsessão pelas palavras e, com isso, é incompetente para interpretar qualquer forma de arte além da literatura. O comentário sobre arte deve abordá-la e descrevê-la em seus próprios termos. Deve-se manter um delicado equilíbrio entre os mundos visível e invisível. Aqueles que subordinam a arte a uma agenda política contemporânea são tão culpados de propaganda e rigidez literal como qualquer pregador vitoriano ou burocrata stalinista.

Camille Paglia